Arquivo de janeiro \29\-02:00 2010

Transcendência

Então funciona (mais ou menos), assim:

Digamos que a solidão “completa”, é de alguns dias.

O oficialmente solteira é sempre é uma fase rápida.

Costumeiramente dura uma segunda e uma terça.

Na quarta eu deixo o orgulho de lado e não é necessária explicação alguma.

O doces beijos – dele – sanam todas minhas dúvidas.

É o famoso “ressuscitou ao terceiro dia”.

O prejuízo emocional as vezes insiste apesar do fluxo de caixa e da variação cambial estarem, desse modo, estáveis.

E assim rolam algumas descobertas:

– Não sei dançar (nada).

– Não sei falar (baixo).

– Não sei mentir (direito).

– Estou apaixonada.

– Muito.

– Merda.

– Eu tenho medo.

– Com “s” no final.

Ainda bem que ele existe.

E sempre me recupera desses arroubos tortos de insanidade.

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Garden Secret

 

Foi outro dia mesmo.

Eu tinha só 20 anos e minha vida ainda era um amontoado de sonhos e incertezas.

No entanto, beirando os 30, você acredita que continua sendo isso minha vida?

Pois é…

Mas bem, fiz minhas escolhas e elas me fizeram.

E depois de tudo, ora naufrago, ora fico à deriva.

Porém, gratifico-me com o entendimento que além do jardim desordenado que muitos conhecem, eu tenho outro jardim secreto…

E esse pertence só a mim.

Nas tardes ou noites em que passeio por ele, descubro que a graça da existência não é tão somente olhar a vida pelo olho mágico.

Eu percebo cores quando abro portas e deixo entrar o fascínio e o alumbramento do novo.

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Dias Estranhos

Muitas vezes vimos as mudanças como adversidades.

Porém elas podem ser bênçãos.

Algumas de nossas crises estão cheias de oportunidades.

Logo, devo compreender que se alguém me bloquear a porta, não devo gastar energia com o confronto, mas sim procurar as janelas.

E a tal sabedoria da água: “A água nunca discute com seus obstáculos, ela os contorna.”

E assim farei com que meus “estranhos dias”, sejam novas ocasiões para o aprendizado.

Pois sou real a ponto de amar e me dedicar a quem eu amo, desde que mereça.

E  nesse instante estou com pre-gui-ça da toada: “quero mudar o mundo”.

Hoje na real, eu, só preciso entendê-lo. 

E esse “entender” traz  ambições.

E os desejos encetam por ter em meu cotidiano todos que me respeitam (a distância e/ou próximo).

Em tempo: Não há comparações entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.

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“Minhas Verdades…”

É excessivamente neurótico viver com a alma cheia de verdades & certezas.

E o ser humano insiste em atitudes arrogantes e equivocadas, muitas vezes confundindo estupidez com sinceridade.

Inclusive agarram-se a meias verdades sobre os fatos com o crédito na possibilidade de errar, e  assim “salvar-se” dessa barbárie.

Existem os que conseguem viver na cegueira histérica, apontando o dedo para os outros e se esquivando de suas questões e imperfeições.

E  vivem essa opção, esse mau hábito cotidano em desfocar os olhos dos próprios erros.

Desse modo enxergam apenas com o olhar perdido de quem não quer ver nada.

No entando, os cenários de nossa alma somente poderão ser vistos depois de olharmos bem fundo para dentro de nós.

Pois as palavras e as verdades que habitam esses cenários são quase incomunicáveis.

E é com o esforço de traduzirmos toda beleza, que nos habitam algumas palavras.

Precisamos aprender a tocar o mundo com a humildade necessária para perceber que o outro é aquilo que podemos ver.

Aceitar a limitação da verdade é estar mais próximo dela.

Isso é o que EU acredito, e ponto!

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Ainda sobre o amor…

Eu não entendo o porquê, mas o mundo diz que a gente tem que ser forte.

Parece que é errado e feio e sujo demonstrar fraqueza, dizer que não consegue, admitir que o fundo do poço pode ter elevador – e ele só desce pra baixo (mais ainda).

O que há de errado em perder o controle?

Quem disse que tudo precisa ser certinho sempre?

Por que a vida tem que estar sempre colorida, cada coisa em seu lugar, sem mistureba, sem abstratos e preto e branco?

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Anormal?

Me nego à decência dos comuns, dos cotidianos e tributáveis, das massas manipuláveis e cordatas, dos espíritos tranqüilos e sem sobressaltos.
Me nego à pureza do pensamento e à religiosidade da forma correta.
Pois não sou decente e pura.
Sou, antes sim, pestilenta, impura, obscena; e trago, na verdade e na ficção, o desassossego dos que tem fome, dos que tem sede e dos que nada tem.
Sou obscura e oblíqua mas às vezes nem tanto, às vezes, são apenas fases da minha transcendência.

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Estranha ou Estrangeira?

Quem me conhece sabe que eu não sou de São Paulo.

De onde vim?

Alguns dizem que nasci em um país estrangeiro.

Que não sou daqui.

Que não sou daí.

É fato que algumas vezes não me sinto em lugar nenhum.

Porém se eu pudesse escolher, certamente, escolheria nascer em alto-mar.

Um mar de amor entre eu e vocês:  família, amigos… 

Mas eu não nasci!

Então  “classifico-me” como estrangeira em muitas partes.

Contudo estou feliz !

Entendi que sempre é hora para mudar.

Mudar tudo o que se está vivendo, ou o que ainda é para ser vivido.

Tomar um outro rumo.

Viver de uma outra forma.

Mesmo sem saber de onde somos ou para onde vamos.

 E todo dia é ideal para desprendermos-nos das amarras.

 Todo dia é para se deixar levar.

E agora é o momento idel para deixarmos de lado aquilo que nos faz mal.

Quem acha que é muito difícil, eu ofereço ajuda para percorrermos um novo trilho.

E mesmo que você cogite a possibilidade do arrependimento.

Antes, peço-lhe: TENTE!

E então,  já ouviram falar do meu país?

Lembrei-me que lá existe uma “lei”, em que cada um deve viver intensamente seus sonhos.

Sonhos esses que (também) serão cercados por alguns dias tristes.

Sonhos com sorrisos vagos.

Sonhos com choros de felicidade e com os gritos das dores cotidianas.

Mesmo assim devemos vivê-los.

E sem nunca perdermos a dignidade.

Ah quem topar viajar para lá comigo, prometo um infinito de sorrisos

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O AMOR dura pra sempre?

Devido os acontecimentos do último ano, ando me questionando:

” O AMOR dura pra sempre?”

A pergunta não é se amor aguenta os desaforos da rotina, mas se amor de verdade é um sentimento que não termina.

Pensando em minhas histórias de “amores”, concluo (por hora) que amor de verdade, é sim eterno!

Porém os relacionamentos não são!

Esses com certeza terminam.

Irei me auto análisar para fazer jus a essa idéia.

Vamos lá:

Meu primeiro relacionamento mais sério, será que foi amor de verdade?

Com certeza foi um sentimento forte.

Afinal foi o primeiro.

Agora, passados mais de 12 anos, eu sei que a inexperiência fez tudo ter maior imensidão depois que acabou.

Hoje, após esse intervalo de tempo, e não tendo muito contato com a pessoa, sei que resta um carinho por tudo o que de algum modo significou em minha vida.

Ok, próximo!

Bem, no relacionamento seguinte, foi diferente, aliás, muito diferente.

Com certeza foi ele o meu primeiro amor.

Não só pelo tempo de convívio.

Mas pela quantidade de experiências.

Pelo crescimento.

Pelo aproveitamento da companhia.

E certamente pela “conexão” que foi estabelecida.

Bem, a relação acabou, mas e o sentimento, morreu?

Não, ele é diferente, se transformou, mas amor ainda existe, claro!

Eu explico:

Os gregos tinham várias palavras para definirem o amor, usavam até variadas conotações.

O que hoje eu sinto pela pessoa (com quem convivi quase 8 anos da minha vida), certamente não é o sentimento que une os amantes.

Mas um amor que se baseia no respeito, no carinho e na gratidão pelo que foi bom, quando vivido em parceria.

Ok, em partes concordo que sem os outros adjetivos do amor (paixão, tesão, desejo, convivência…), essa “relação” não pode ser considerada um amor eterno.

Mas amor (como já enfatizei) dá-se, e sente-se em muitas categorias/derivações.

Outra questão:

Amigos próximos já me confidenciaram que para eles, o que permite durar é a conquista diária, já que nenhum amor é suficiente forte para suportar cara feia, relaxo, meia furada e dor de cabeça.

Caríssimos eu também acredito que cara feia, meia furada e falta de companheirismo, acabam com uma relação.

Essas são aquelas “coisas pequenas” que se acumulam, e detonam qualquer “status” de um casal.

No entanto, insisto:

“Se existe amor de verdade, ele até pode mudar de forma, de intensidade, mas não vai desaparecer.”

Importante: 

Voltando ao meu relacionamento mais longo, talvez daqui a algum tempo eu questione essa minha idéia de que ” foi amor de verdade.”

Posso descobrir daqui a “alguns instantes”, que talvez tenha sido loucura, ou então eu tenha amado alguém que idealizei, mas não existe como eu gostaria que fosse.

(Idealizar o outro (na minha opinião), é o primeiro passo para minar qualquer relação, mas isso será assunto para outro post!)

É aquele lance, quando a poeira abaixa e não sobra nenhuma cicatriz das nossas feridas, a gente descobre exatamente o que foi.

Ou não…

Uau, escrevi muito mas percebo que não conclui tanto sobre a questão do AMOR durar ou não, para sempre.

Mesmo assim ressalto que:

” Nenhum amor é igual, nenhum amor é imutável, porém, ainda acho que todo amor é eterno!”

Pra encerrar , deixo um “mini-poema” que li dia desses, mas não me recordo do autor:

“Este preceito está de pé: Todo ex-amor é um Deus ainda. Nós é que perdemos a fé.”

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Realidade

Setembro de 2009

Você conhece pessoas o tempo todo.

 Pessoas que te fazem sorrir, pessoas que te fazem chorar.

 Enfim.

 Certa vez eu pensei ter feito diferença e fiz!

 Certa vez pensei igual a todo mundo e senti como se eu fosse a única no mundo todo que pensasse daquela forma.

 Desde o sempre, tem gente que nos tenta convencer que fracassar é normal.

 Teve os que me disseram que eu não deveria ter feito isso ou aquilo.

 Houve o dia em que alguém me olhou nos olhos e disse: “Não dá mais!”

 E também houve o dia em que eu fiz o mesmo, e quer saber? Doeu com a mesma intensidade.

 Ao meu modo, já rompi padrões de amizade.

 Conheci as mais variadas figuras e me dei bem com quem eu jamais pensaria ter algum laço de carinho.

 E como não sou imune aos “ostras”, já desperdicei meu tempo com quem não valia um rivotril vencido.

 Já escrevi muitas cartas que eu nunca mandei. Ao relê-las repeti para mim mesma que ser burra tinha limite.

 Sabe aqueles dias de benções que todos esperamos?

 Com um ambiente ideal no emprego, a lado dos amigos e da família?

 Pois é, eu opto em acreditar que ESTE DIA é TODO DIA!

Até porque tudo tem de valer a pena, mesmo quando somos tomados pela sensação de que foi um erro.

Caríssimos, eu afirmo, não é um erro!

Reflitam:  A “situação” deu certo, pelo tempo que teria de dar.

 É necessário aprendermos a agradecer aos que estão ao nosso lado durante nossas “transcendências”.

 E mais uma vez, não espere que tudo dure pra sempre, mas faça com que se torne prazeroso, e quem sabe inesquecível.

 É clichê esta frase, mas faço questão de dizê-la realisticamente:

” Ser inesquecível nunca será dizer que é perfeito.”

O que é especial pra mim pode não ser pra mais ninguém.

E viva a diferença. 

A explosão de felicidade.

A falta de paciência.

O amor.

A ira.

O sol.

A raiva.

O perdão.

O ódio.

Tudo o que gira o mundo por trás do caos.

Viva tudo que é sadio.

A comédia.

O romance.

O respeito.

E as nossas amizades, principalmente!

Nota do EU que se acha poética…

 Em tempo: E tudo gira em torno disso: escolhas e fé, crenças e valores.

 

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Lots of love in 2010!

Estou vivendo além da paixão, logo, resolvi criar um novo blog.

E para começar nada melhor que uma “História de Amor”…

Ela tinha 29 anos.

Ele iria fazer 36.

Ela estava recomeçando mais uma vez sua vida, sua história, e ao seu modo descortinava um mundo novo.

Ele, ainda digerindo o fim de um casamento, se redescobria em prazeres imersos naquela cidade.

Ambos gostavam de música, cinema e teatro.

Ambos sorriam de uma maneira que encantava um ao outro.

No primeiro encontro, conversaram e se olhavam durante horas – sem se tocar, sem se beijar – .

Nessa noite ela parecia estar em convulsão, pois ele a oferecia um sorriso que lhe deixava no mínimo, ofegante.

03 meses se passaram, eles se conheceram um pouco mais e o sentimento da paixão x tesão, se assentou.

Hoje eles namoram.

Juntos trocam confidências, carinhos, e vivem um dilúvio de imagens, assuntos e vontades.

Vontades de conversar mais e viverem suas trocas, diferenças e aprendizados.

Tudo isso para ambos é inesperado, novo… além de mágico por juntos sentirem-se vivos.

Assim o sentimento mostra-se pertinente em conjunto ao prazer.

E o namoro é regado aos que eles compreendem como o melhor: na música, na poesia, em histórias de vida, nas coincidências (que são milhões delas!) e em hobbies.

A cada encontro uma nova troca de olhar, com a mesma cumplicidade da primeira vez, acrescido de identificações muito próprias.

E desse modo eles se desejam e vivem a espreita do amor que adoça, cuida, troca, respeita e acrescenta.

Essa é a versão da história de amor dela, por #Handersan ®

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